11/10/2022 14H33

Mara Quiosa orientou acções para a resolução dos problemas da ETA

Avaria do grupo gerador que fornece energia à Estação de Tratamento de Água (ETA) do Ngoyo, com capacidade para produzir 100 metros cúbicos por hora, faz com que seis mil habitantes das localidades a Sul da cidade de Cabinda estejam sem água, há três meses.

Com a paralisação da ETA do Ngoyo, habitantes das localidades do Ngoyo, Fortaleza, Santa Catarina, Mbaka (Povo Grande) e arredores do bairro Luvassa, a Sul da cidade de Cabinda, estão a recorrer a cacimbas ou a camiões-cisterna, estando um bidão de 25 litros a ser vendido a 50 kwanzas.

Além da avaria do grupo gerador, com capacidade de 50 KW, as infra-estruturas de serviço da ETA carecem de reabilitação, incluindo o tecto, que está totalmente deteriorado, o que tem causado infiltrações de água.

A governadora da província de Cabinda, Mara Quiosa, que visitou, ontem, a ETA do Ngoyo, garantiu, nos próximos dias, a aquisição de um novo grupo de gerador, para que o abastecimento de água seja feito sem sobressaltos.

Mara Quiosa orientou a substituição do telhado da ETA do Ngoyo, para impedir a infiltração de água ao interior do edifício e inundação das áreas de serviço, tornando as paredes totalmente húmidas, o que poderá provocar outros danos, sobretudo à saúde dos trabalhadores.

A governadora Mara Quiosa visitou, também, a Central Térmica da Santa Catarina, de dez megawatts, para se inteirar da sua paralisação, na sequência de um curto-circuito, que causou uma ligeira explosão, danificando duas “células” da referida central geradora de energia eléctrica, que se situa a Sul da cidade de Cabinda.

Do director da ENDE/Cabinda, José Bravo da Rosa, Mara Quiosa recebeu garantias de que a empresa já adquiriu as peças danificadas e que provavelmente, até a próxima semana, chegarão à Cabinda, para serem montados e a Central Térmica de Santa Catarina voltar a funcionar.

Segundo a governadora e recorrendo-se às informações recebidas da direcção da ENDE/Cabinda, a paralisação da Central Térmica de Santa Catarina em nada afectou o abastecimento de energia eléctrica à cidade de Cabinda e arredores, porque, disse, o fornecimento está a ser assegurado por outras centrais térmicas existentes na província, destacando-se a Central Térmica de Malembo, que dispõe de uma capacidade de produção de 160 megawatts.

O director da ENDE /Cabinda disse que a empresa não tem o registo de avarias relevantes e que tudo quanto possa ocorrer é superado pelos técnicos da empresa. Informou que a empresa tem estado a garantir distribuição de energia eléctrica à população na ordem de 95 por cento, havendo um déficit de apenas cinco por cento, que não depende da ENDE, mas sim da empresa produtora, a Prodel.

“A nossa rede de distribuição está estável, sem avaria de média tensão”, finalizou.

Por: Bernardo Capita / Cabinda

Revista Destemidos.