Em Maio do ano passado, mais concretamente no dia 29, Slow J apresentava-se para o único concerto que deu em dois anos. Essa actuação, que fez parte da programação do Festival do Maio, evento no Parque Urbano do Seixal, está agora disponível no seu canal de YouTube.

Nas palavras do próprio, que chegaram através de um press–release, “não havia um plano de lançá-lo, mas na altura foi um concerto tão especial que pedimos o vídeo à organização e resolvemos torná-lo um presente para os fãs que tanto nos têm apoiado ao longo deste lindo caminho”.

Repetindo algo que tinha feito em “Lágrimas” no concerto no Super Bock em Stock, em 2019, mas usando o formato num espectáculo inteiro, João Batista Coelho chamou Francis Dale, um colaborador habitual que o acompanhou bastante na estrada, para assumir a guitarra clássica e Nuno Cacho, que foi seu professor de música e participou na quarta faixa de You Are Forgiven, para pegar na guitarra portuguesa.

Slow J navegou por todos os seus três projetos (The Free Food Tape, The Art Of Slowing Down e You Are Forgiven) e mais alguns trabalhos que por aí andam, em versões acústicas que com facilidade encheram as ruas do Seixal, com ajuda dos fãs que apaixonadamente acompanhavam o artista setubalense, não fosse ele um dos nomes mais mediáticos na música portuguesa de momento. Não é difícil de perceber esse sucesso, a sua genialidade veio para ficar, e apesar de não ser material novo, estes olhares acústicos do seu reportório chegam para levar uma lágrima aos olhos dos fãs mais aficionados e este concerto é suficiente para saciar a falta que Slow J faz.

Para já, a única forma pensada para reverem esta actuação passará pelo YouTube, não existindo ideias de se editar fisicamente ou de colocar nos serviços de streaming.

Com o distanciamento, não foi possível atirar-se ao público como poderia querer em Vida Boa, mas tal não foi necessário. Nunca esteve Slow J tão perto dos seus fãs: só ele, guitarras e a sua (incrível) música.

Numa story publicada no Instagram durante o dia de ontem, uma pergunta impunha-se: “E se o Slow J fosse um artista de fado por apenas um dia?” A resposta fica ao critério de cada um.

Fonte: Rimas e Batidas | Espalha-Factos

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