Um total de 122 mulheres em situação de vulnerabilidade foi integrado no Plano de Inclusão Social de Catadoras, durante o I trimestre deste ano, na província de Luanda, revelou a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher.

Faustina Alves, que falava no acto de entrega de produtos reciclados às famílias em situação de vulnerabilidade para a “Inclusão Produtiva e Geração de Renda”, realçou que no referido período foram criados 27 pontos para o armazenamento e recolha de resíduos.

A ministra explicou que o plano está em concordância com a concretização do trabalho digno e enquadrado no Programa de Promoção de Género e Empoderamento da Mulher no Combate à Pobreza, alinhado no Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA), com foco em actividades de reciclagem como empregos verdes.

“A questão da reciclagem tornou-se mais relevante no campo das políticas públicas, porque, além de contribuir para a economia de recursos naturais, representa uma alternativa económica às famílias de baixa renda na comercialização de materiais recicláveis”,  sublinhou.

Faustina Alves lembrou ainda que, no país, a actividade de catadoras está na cadeia de valores, denominada economia circular, daí considerar como essencial à preservação ambiental.

A ministra revelou que, no ano transacto, o sector integrou um total de 34 mil cidadãos em actividades geradoras de rendimento, com maior incidência no empoderamento socioeconómico das famílias para o reforço das competências do combate à pobreza.

A directora da Recicla Angola, Patrícia Carvalho, disse ser preciso a formação de nível ambiental para diminuir a degradação do plástico nos oceanos.

No quadro desse negócio, referiu que a Recicla Angola vai criar 400 postos de trabalho directos, através de projectos mais exclusivos para mulheres.

Tânia Henriques, uma das integrantes no Plano de Inclusão Social de Catadoras, realçou que, desde o seu enquadramento, tem conseguido fazer o trabalho e venda de resíduos à empresa Recicla Angola.

Disse que já conseguiu vender 41 sacos de PP, vulgo garrafas pequenas, e as de big bag, no valor de cem mil kwanzas, tendo em conta que o quilo custa cem kwanzas. 

Revista Destemidos.