Mais de 15 mil turistas de diversos países, com realce para a Namíbia, África do Sul, Portugal, Brasil, Cuba, participaram na 120ª edição das Festas da Nossa Senhora do Monte, realizadas este mês, na província da Huíla, num ambiente que, desta vez, contou, também, com a participação de alguns concorrentes às Eleições Gerais de hoje.

24/08/2022  07H30

Munumento do Cristo Rei é dos locais mais procurados por turistas, sobretudo estrangeiros.

A Expo-Huíla, Feira Agro-pecuária, Corrida dos 200 Km da Huíla, Miss-Huíla, são algumas das actividades socio-culturais enquadradas nas festividades, que tornaram os serviços de hotelaria e turismo quase que incapazes de corresponder a demanda.

O monumento do Cristo Rei, Tundavala, Cascata da Huíla, Serra da Leba, Capelinha, entre outros pontos atractivos mereceram especial atenção dos visitantes. Não faltaram os “comes e bebes” dos restaurantes de maior referência, como Lodge Casper, Kimbo do Soba, Bambu, Complexo da TAAG e outros.

Para os visitantes apreciadores do turismo de campo, a preferência recaiu para a Praça do Corno, situada nas imediações do aeroporto da Mukanka, onde sai o melhor churrasco das Terras da Chela e o “Km 52”, além dos mercados dos municípios da Chibia e da Humpata, onde também se pode deliciar um churrasco de galinha nacional.

A cidade do Lubango, ex-Sá da Bandeira, está com nova cara. Uma cara que está a motivar os nativos e visitantes a largarem os transportes para palmilhar as avenidas reestruturadas e melhor adornadas. A maioria dos nativos, agora na qualidade de cicerones, não se cansam de justificar que a nova cara da cidade é o resultado das Obras Integradas.

O projecto revolucionou a urbe e criou vários pontos turísticos, com realce para a Avenida Bulevar do Mukufi,  jardim e estrutura da Sé Catedral, Arco-Íris, os históricos bairros da Minhota, Benfica, Machiqueira e Santo António, assim como a velha estação do Caminho-de- Ferro de Moçamedes.

No Bulevar do Mukufi, foi implantada uma calçada e equipamento desportivos que estão a estimular a prática de exercícios físicos aos cidadãos nativos e estrangeiros. A partir das 17h30, já é notória a presença de pessoas com equipamentos para a prática de exercícios físicos.

Nas imediações da Escola 27 de Março, à semelhança do espaço da Sé Catedral, dois cenários dominam a área. Um proporcionado pelos religiosos em orações e outro com pessoas a fazer exercícios físicos.

 O testemunho de um turista

O espanhol Paolo Gonzalez, 36 anos, disse, ao Jornal de Angola, ser a primeira vez que vem ao Lubango. “Minha avó tem raízes nos madeirenses, um colonato português que povoou o Planalto da Huíla e, isso há muito que despertou a criação de condições para vir, especialmente no mês das Festas de Nossa Senhora do Monte”, contou.

Referiu que conhecia a ex-Sá da Bandeira apenas pelas imagens fotográficas e através do antigo programa “Nós e a Noite”, da Televisão Pública de Angola (TPA). “Juntei recursos para estar presente na 120ª edição para acompanhar todo o programa das festas e me encantou mais a procissão de velas e a missa campal”, revelou. Paolo disse ter sido um prazer palmilhar da estátua da Nossa Senhora do Monte até ao centro da cidade do Lubango, na Igreja Sé Catedral.

Combate ao vandalismo de bens públicos

As autoridades e membros da sociedade

civil da província da Huíla tem se mobilizado para combater a vandalização de bens públicos. Os órgãos de Defesa e Segurança dão o seu máximo, mas, pelo que se constata, o sucesso desta empreitada só terá êxitos com a pronta colaboração de todos os munícipes.

Altina Ananaz, residente no Lubango, deplorou o comportamento de alguns munícipes que danificam e até chegam a roubar alguns bens públicos, sobretudo candeeiros eléctricos, sistema de rega dos jardins, assentos de mármore e outros adornos. “Cada munícipe – e não só – deve comportar-se como primeira autoridade, com a missão de controlar os bens públicos, alertando imediatamente as autoridades quando notar que um bem público está em perigo”, exortou Altina, para quem só assim é possível desencorajar as atitudes de pessoas de má-fé.

O administrador municipal do Lubango, Armando Vieira, aquém lhe é reconhecido o empenho em devolver os espaços verdes à cidade, apelou aos vendedores ambulantes – e não só – a dirigirem-se aos diversos espaços para a venda.

Considerou que as mulheres zungueiras e outros vendedores não têm razões para deambular nas avenidas da cidade porque o Mercado do Lubango foi am-pliado e há espaço para todos.

 Revista Destemidos