11.08.2022 21H07 🔴🟡⚫MPLA.

DISCURSO DO PRESIDENTE DO MPLA, JOÃO LOURENÇO

Ndalatando, 11 de Agosto de 2022.


 
De Cabinda ao Cunene, um só!
-POVO!

Uma só!
-NAÇÃO!

Viva o MPLA!
-VIVA!

Viva a OMA!
-VIVA!

Viva a JMPLA!
-VIVA!

Que vivam para sempre os ensinamentos do Presidente António Agostinho Neto!
-VIVA!
 
Muito bom dia, Povo de Ndalatando, Povo do Cuanza Norte!
-BOM DIA!

Bom dia, Povo Angolano!
-BOM DIA!
 
Caros camaradas,
Nós começámos a contagem regressiva à medida que nos vamos aproximando do dia 24 de Agosto, data em que todos nós, que estamos em condições de votar, vamos exercer esse direito que nos é conferido pela Constituição e pela Lei.
 
Escusamos de apresentar o candidato do MPLA que é por demais conhecido, mas temos o grande prazer de apresentar a este povo combatente de Ndalatando, do Cuanza Norte, o candidato ao lugar de Vice-Presidente da República que recai a favor – a escolha do MPLA -, da camarada Esperança Costa, a quem eu tenho o prazer de apresentar.
 
[SAUDAÇÃO À CANDIDATA]

Os camaradas querem ver a camarada Esperança Costa como Vice-Presidente da República?
-SIM!

Querem?
-QUEREMOS!
 
É ou não é um orgulho para todos nós ter a camarada como a Vice-Presidente da República?
 
-ÉÉÉ…!

É ou não é um bom exemplo que o MPLA dá, ao indicar a camarada Esperança Costa?
 
-ÉÉÉ…!
 
Uma mulher competente, capaz, que na sua profissão já deu provas. Portanto, dá-nos a garantia de que, quando ocupar o lugar de Vice-Presidente da República, igualmente vai provar estar à altura de tão grande desafio. Se os camaradas apoiam a proposta do MPLA da indicação da camarada Esperança Costa ao lugar de Vice-Presidente da República, o que é que temos que fazer para garantir que isto aconteça, que neste próximo mandato, ao lado do Presidente da República, tenhamos a camarada como Vice-Presidente? Temos de fazer o quê?
 
-VOTAR NO 8!
 
É isto mesmo: votar no 8, votar no MPLA, votar no seu candidato! Ao fazermos isso, no boletim de voto, automaticamente estaremos a votar também na camarada Esperança Costa. Portanto, contamos convosco, contamos com o voto no 8, no MPLA, no dia 24 do corrente mês.
 
Caros camaradas,
A cidade de Ndalatando e, de uma forma geral, a província do Cuanza Norte, constituem um importante nó rodoviário através do qual se podem alcançar outros pontos do nosso País, sobretudo a Norte, ao Centro do País e ao Leste do País.
Portanto, passando pelo Cuanza Norte, podemos alcançar estes destinos que estão ao Norte, no Leste e no Centro de Angola. Mas um importante nó rodoviário tem de ter boas estradas que, lamentavelmente, nem sempre temos, porque infra-estruturas são caras, são bastante caras. Às vezes dá impressão de que não há vontade de se fazerem as coisas. Não! Vontade existe sempre, o que às vezes não existe é a possibilidade de se fazerem as coisas, sobretudo quando elas são muito caras.
É do tal tipo de projectos, de infra-estruturas, que, regra geral, recorremos a financiamento quer externo, quer interno, para podermos executar essas obras de elevado custo. Temos feito, mas ainda temos muito para fazer. Vamos continuar a fazer no segundo mandato.
 
Neste mandato, tivemos a oportunidade de concluir a estrada Alto Dondo/Kapanda e a estrada São Pedro da Quilemba/Alto Dondo. Reabilitámos ainda o troço de estrada que vai do Alto Dondo ao desvio da Munenga. Portanto, Munenga já em território do Cuanza Sul, província vizinha.
Reabilitou-se igualmente o troço Maria Teresa/ Dondo e temos em curso, portanto em fase de execução, os troços de estrada que ligam Cambondo ao Quilombo dos Dembos; igualmente em curso, em execução, o
troço de estrada que liga o Golungo Alto até a Ndalatando.

Está também em obras o troço de estrada que liga Rio Cuchila à localidade do Lucala. Estamos a executar o dique de regulação e protecção da encosta e realojamento das populações desabrigadas, fruto de chuvas torrenciais que ocorreram num passado relativamente recente. Essas obras estão em curso e terminarão tão cedo quanto possível.
 
É evidente que, no processo de execução, de reabilitação das estradas, à medida que vamos reabilitando as estradas, também vamos recuperando as pontes, quando elas não estão em bom estado de conservação. Não vou enumerar aqui uma a uma. São várias pontes mas, talvez, destacar a ponte sobre o Rio Zenza. Pela sua dimensão, é uma obra que está neste momento em curso, para que possamos viabilizar a circulação dos meios de transporte.
 
Nós vamos – não estamos ainda a fazer, mas vamos fazer -, construir a estrada Samba Cajú/Banga/Bolongongo. É um projecto antigo. São projectos cujas obras iniciaram há muitos anos e ficaram paralisadas por razões de diversa ordem. E nós decidimos mobilizar recursos, capacidades para voltarmos a intervir nessas estradas que são importantes para a circulação, quer do interior da província, quer para ligar com as províncias vizinhas.
Portanto, repito, vamos construir, retomar as obras da estrada Samba Cajú/Banga/Bolongongo. Vamos retomar igualmente as obras da estrada Rio Cuchila-Lucala, vamos ainda retomar a obra Ndalatando/Gulungo, assim como a obra do troço Cacuso/Samba Cajú/Lucala.
São estradas de muito grande importância quer para a vida das populações, para a sua circulação, quer também para a circulação de bens, para a camionagem que garante a transportação dos bens essenciais para as populações.
 
Nós vamos, igualmente, reabilitar o troço relativamente curto – de apenas 36 quilómetros – que liga a Estrada Nacional à localidade histórica de Massangano.
Massangano é não só histórico, como, talvez por essa razão, é um importante ponto de atracção turística. Os turistas vão passar a ter um acesso mais fácil a esse ponto importante.
 
Há uma estrada de que muito se fala e que nos comprometemos também a colocá-la funcional agora no segundo mandato. Estou a referir-me à ligação entre esta província do Cuanza Norte e a vizinha província de Malanje, pela via do Luinga. É uma alternativa à Estrada Nacional que já liga o Cuanza Norte a Malanje. Essa estrada do Luinga é de extrema importância e nós vamos executar essa obra.
 
Caros Camaradas,
A província do Cuanza Norte beneficiou, ao longo do mandato, da admissão de cerca de mil profissionais da Saúde. Para ser mais preciso, foram 995 profissionais de Saúde que foram admitidos, entre médicos, enfermeiros e técnicos de Saúde.
Para o corrente ano, que ainda não terminou, propomo-nos admitir mais 462 profissionais de Saúde. É mais emprego que vamos dar aos profissionais de Saúde formados nessa área e que estão à procura de emprego. Portanto, mais 462 vão ser admitidos no decorrer deste ano.

O Executivo decidiu, também, e ainda falando do Sector da Saúde, construir um novo Hospital Geral para Ndalatando. Essa obra já está em curso, é um hospital de 200 camas e que não é uma promessa, uma vez que a obra já está em curso.
Nós entendemos que – há bocado eu dizia que o Cuanza Norte é um importante nó rodoviário- há muitas situações de acidentes rodoviários e outros, para além do direito que cabe aos cidadãos desta província de serem mais bem tratados. Decidimos colocar aqui um hospital de referência com todas as valências. A obra está em curso e acredito que, nos próximos dois anos, talvez o hospital esteja concluído e colocado ao serviço das populações.

O Município do Dondo, aqui próximo, tem em construção um hospital municipal que está sendo executado com recursos da própria província, com recursos do PIIM, o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios. Mas nós fizemos uma combina com a província: a província conclui e executa a obra de alvenaria mas o Executivo central é quem vai equipar esse hospital municipal, de forma a assegurar que o Hospital Municipal do Dondo tenha equipamentos da mais alta qualidade e, desta forma, poder melhor servir os cidadãos daquele município e de todos quanto passam por aí com destino a outros pontos do País.
A nível dos municípios e também com recursos do PIIM, este grande plano de salvação dos municípios, concluíram-se – e, portanto, já estão ao serviço das populações – os hospitais municipais de Samba Caju e do Gonguembo.
De igual forma, estão concluídas as morgues da Banga e de Bolongongo. Portanto, esses municípios, neste momento, alguns têm os hospitais municipais e outros, além dos hospitais, beneficiaram também de morgues.
É evidente que não podemos enumerar aqui todos, mas o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios executou e está ainda a executar, alguns não estão concluídos, vários centros de saúde em praticamente todos os municípios, de forma a levar a saúde e as infra-estruturas de saúde às populações. Portanto, as tais unidades de proximidade estão a ser executadas aqui no Cuanza Norte com recursos do PIIM.
 
Caros Camaradas,
Cuanza Norte não é só um importante nó rodoviário, mas também ferroviário. Por esta província passa o Caminho-de-Ferro de Luanda que, por enquanto, vai até Malanje. Temos a perspectiva de algum dia poder prolongar esse mesmo Caminho- de-Ferro de Luanda.
 
Todos nós somos testemunhas dos acidentes que têm acontecido neste Caminho-de-Ferro de Luanda, nomeadamente no troço que vai do Zenza a Cacuso. Portanto, do Zenza, aqui na província do Cuanza Norte, a Cacuso, na província de Malanje. Neste troço, por razões de má conservação da linha – a causa é essa -, tem havido descarrilamentos de comboios, sobretudo comboios de carga, e ainda bem que é assim! Se fossem comboios de passageiros, seria uma desgraça. Portanto, os danos têm sido apenas danos materiais, danos económicos, mas de qualquer forma não podemos continuar a assistir impávidos que composições de comboios, umas atrás de outras, continuem a descarrilar neste troço.
 
E o que queremos anunciar é que, para benefício da economia, para benefício das populações do Cuanza Norte e de Malanje, nós vamos intervir nesse troço de pouco mais de 200 quilómetros, de forma a tornar mais fluída a circulação dos comboios de Luanda a Malanje, sem esse constrangimento e o receio dos comboios descarrilarem. Estamos a construir. É uma obra que está praticamente a terminar, uma vez que já está com 99 por cento de execução física. É caso para dizer que está praticamente terminada.
Estamos a construir o Terminal Rodoviário de Passageiros aqui na cidade de Ndalatando. Isto vai criar melhor funcionamento das empresas, quer públicas, quer privadas, de transporte rodoviário e interurbano, interprovincial, intermunicipal, de passageiros. Vai criar maior comodidade para os próprios beneficiários deste investimento, os passageiros, sobretudo dos autocarros. Este é um projecto que está praticamente concluído. É uma questão de semanas ou um mês e vamos entregá-lo ao serviço das populações.

A província de Cuanza Norte está muito próximo da capital do país. Há quem considere isso uma vantagem, mas não é tao linear assim. Às vezes, é uma desvantagem.
Em relação a infra-estruturas, é muito fácil pensar-se “bom, quer estudar, não tem condições aqui, pode fazê-lo facilmente em Luanda, a apenas duas horas de carro”.
Mas não é bem assim. Temos de fixar as populações, evitar o êxodo das populações. As populações têm de encontrar os serviços nas suas localidades de residência. Junto das suas famílias é onde têm que ter a escola, é onde têm que ter o hospital, é onde têm que ter o centro médico, é onde têm que encontrar emprego. Esse esforço está sendo feito um pouco por todo o País: levar os serviços essenciais às populações, ali onde elas residem, e todo o tipo de serviço, até falando do Ensino Superior.
Nós decidimos construir aqui, em Ndalatando, agora no próximo mandato, com infra-estruturas de raiz, o Instituto Superior Politécnico de Ndalatando para a nossa juventude, de forma a que os nossos jovens não tenham que se deslocar para Luanda, ou para outros pontos do País, para se formarem, para terem formação superior, sobretudo nos cursos técnicos, naqueles cursos que, em princípio, fazem desenvolver o país.
 
Um país que tem muitos recursos minerais, um país que se quer industrializar, precisa de dar formação técnica de vários níveis – média e superior -, na formação de engenheiros e de técnicos nos vários domínios, incluindo o agrícola.
Ainda para a juventude, vamos construir, e com a perspetiva de iniciar muito em breve, o Pavilhão Gimnodesportivo e Multiuso da cidade de Ndalatando, para que algumas modalidades possam ser praticadas nesse pavilhão. Estou a referir-me ao basquete, ao andebol, ao voleibol, ao futebol salão… Portanto, uma gama alargada de modalidades desportivas poderá ser praticada neste pavilhão.
Algum dia – isso ainda não é uma promessa -, mas algum dia, com certeza, vamos pensar na modalidade de futebol 11, com a construção de um estádio aqui na cidade de Ndalatando. Mas não é para o imediato.
 
Caros camaradas,
Eu ontem dizia que Malanje dá energia eléctrica ao País, mas não é só Malanje, Cuanza Norte também. Cuanza Norte também dá energia eléctrica ao País. Tem a Barragem de Cambambe que beneficiou de um alteamento, de um aumento da sua capacidade de produção. Passou a injectar na Rede Nacional de Energia maior quantidade de megawatts e tem em perspectiva a conclusão de uma importante barragem hidroeléctrica. Estou a referir-me a Caculo Cabaça que está em construção.
 
Caculo Cabaça, quando terminar, vai produzir 2.100 megawatts de energia. E nós estimamos que, com a entrada em funcionamento de Caculo Cabaça, o País vai alcançar o pico das necessidades de energia para os próximos anos.
Portanto, Malanje e Cuanza Norte são duas províncias fontes de produção de energia hidroeléctrica, energia limpa, para o nosso País.
Toda essa energia produzida em Malanje, produzida no Cuanza Norte, não é apenas para servir as populações dessas duas províncias, é para servir o País. Essa energia vai chegar ao Cunene, ao Cuando Cubango, ao Moxico, à Lunda Norte, algum dia a Cabinda. Vamos arranjar uma forma de fazer chegar a energia produzida aqui para servir também a Província de Cabinda.
 
Como dizia ontem em Malanje, quem produz dá aos outros, aos seus irmãos angolanos de outras províncias mas, como é óbvio e lógico, também deve beneficiar dessa sua produção. Para dizer que a província do Cuanza Norte deve ficar toda electrificada.
 
Nós temos em curso, neste momento, a electrificação das sedes municipais da Banga, Bolongongo, do Ngonguembo e do Quiculungo, com previsão de conclusão ainda este ano. Em Dezembro do corrente ano, esses municípios que acabei de citar estarão completamente electrificados.
 
Falando de água, devemos dizer que temos concluído o sistema de abastecimento de água do Gulungo Alto e do Ngonguembo. Esses projectos estão executados. Esses municípios passaram a ter maior quantidade de água e, obviamente, água de melhor qualidade para o consumo humano.
Conseguimos ultrapassar uma situação que já nos envergonhava. Estou a referir-me à água para a cidade do Dondo. A cidade do Dondo está ali à beira do Rio Kwanza, a metros, a escassos metros do Rio Kwanza. No entanto, as pessoas ou não tinham torneira em casa – não precisavam de ter porque não havia água canalizada -, ou, se tinham, à espera de melhores dias, abriam a torneira e só saía ar. É assim ou não é? Quem é do Dondo? Ou melhor, era assim até há bem pouco tempo!
 
Portanto, 40 e tal anos depois, nós terminámos já a primeira fase do sistema de abastecimento de água à cidade do Dondo. A parte baixa da Cidade do Dondo já tem água. Quem abrir a torneira, já tem água. Já não se sente o movimento das pessoas com baldes, bidons, bacias na cabeça a atravessar a estrada, que por sinal é uma estrada nacional com muito tráfego, correndo o risco de ser atropelados para ir buscar água ao Rio Kwanza, que está mesmo ao lado. Portanto, vencemos uma batalha!
Esta pouca vergonha virou passado. Mas a obra não está concluída, nós temos noção das nossas responsabilidades.
A parte alta do Dondo ainda não recebe água do Rio Kwanza. Estamos a continuar com o trabalho e pensamos concluí-lo nos finais do corrente ano. Em princípio, tudo aponta para que, nos finais do corrente ano, também a parte alta da cidade do Dondo tenha água potável a partir do Rio Kwanza.
 
Mas esta situação, que nos envergonhava e que está praticamente ultrapassada – pelo menos em parte no que diz respeito ao Dondo, é uma situação que se vivia também aqui na própria cidade capital da província, na cidade de Ndalatando, onde a água era – era não, ainda é! – é fornecida de forma rateada.
Umas horas num bairro, outras horas noutro bairro e umas horas, poucas horas, que as populações beneficiam da água do actual sistema de abastecimento de água à cidade de Ndalatando. Mas isto também vai virar passado. As pessoas vão se recordar de que Ndalatando era assim, porque vai deixar de ser assim.
 
É incompreensível que uma cidade que está aqui bem próximo de um rio de águas permanentes, um rio que não depende das chuvas, um rio que tem água todo o ano – estou a referir-me ao Rio Lucala – viva uma situação como esta!  
Nós já demos início às obras do novo sistema de captação, estação de tratamento, adução, e construção das centrais de distribuição da água a partir do Rio Lucala e prometemos entregar isso em benefício das populações das duas cidades: cidade de Ndalatando e vila do Lucala. Ambas vão beneficiar da água do Rio Lucala. As obras estão em curso e ficam prontas em 2024.
2024 é praticamente dentro de ano e meio, praticamente dentro de um ano e meio! É algo que passa rápido, quer Ndalatando, quer a vila do Lucala, deixarão de ter problemas de distribuição de água potável para as suas populações. Portanto, isso é um grande ganho que conseguimos alcançar aqui nesta província.
 
Caros camaradas,
Nós falámos há bocado das vias rodoviárias. Falámos das vias rodoviárias mas talvez seja importante, a partir daqui de Ndalatando, dizer que nós temos o projecto e vamos procurar executar – fazer tudo para executar – o projecto de construção de várias circulares de cidade. Estou a referir-me às cidades capitais de províncias por onde passam estradas nacionais. Esta cidade de Ndalatanto é uma delas. Esta situação degrada, sobremaneira, as infra-estruturas integradas de qualquer cidade, sobretudo as ruas interiores das cidades.
 
Para ser mais claro, nós propusemos-nos construir, no próximo mandato, as circulares das cidades de Ndalatando, de Malanje, do Sumbe e de Benguela. Portanto, essas são as cidades, de momento, que mais sofrem com o facto de que a camionagem pesada, em grande quantidade, passe todos os dias na Estrada Nacional. Não podem passar por outro sítio. Só que a Estrada Nacional, erradamente, atravessa o meio dessas cidades: Ndalatando, Malanje, Sumbe e Benguela. Creio não ter esquecido nenhuma. É nossa aposta resolver este problema que muito aflige as populações destas cidades.
O tráfego pesado vai passar a ser desviado para essas circulares. Poderão continuar para outras províncias sem necessidade de passarem pelo centro dessas quatro cidades.
 
Pode repetir… Ouvi aqui uma…Pode repetir…

  • CENTRALIDADE.
  • Ahhh centralidade, sim senhora!
    Eu acho que o jovem que falou é adivinho. É adivinho, não é? Porque eu ia falar precisamente da Centralidade quando me cortou a palavra.
     
    Para brincar um bocado…Para brincar um bocado, eu ia dizer que não há Centralidade. Mas é só brincadeira, não é?
     
    Sim, nós vamos…Eu ia falar precisamente disso, quando o jovem me interrompeu. Ia anunciar a construção da Centralidade de Ndalatando com uma capacidade de 2.000 mil casas. Portanto, Ndalatando vai beneficiar de uma Centralidade com essa capacidade.
     
    Pronto: agora o jovem que levantou a questão já se pode gabar junto dos amigos e dizer: “olha, eu pedi a centralidade e o Presidente deu logo a seguir”. Pode se ir gabar no bairro…
     
    Portanto, em relação à Centralidade, é um caso garantido. Vamos construir a Centralidade!
     
    Caros camaradas,
    Não se pode querer tudo de uma vez, e nem tudo o que um Executivo faz, anuncia. Haverá, com certeza, muitas coisas não anunciadas, mas que vão ser construídas, vão ser executadas.
     
    Caros camaradas,
    Nós temos ouvido, ultimamente, falar-se muito na necessidade de haver estabilidade neste período de campanha e realização de eleições. E nós abraçamos essa ideia. Aliás, não poderia ser de outra forma.
    Mas defendemos que a estabilidade não deve ser exigida apenas nesses períodos. A paz e a estabilidade é algo pelo qual nós devemos lutar permanentemente.
     
    Havendo ou não havendo eleições, nós devemos permanentemente lutar pela manutenção, pelo aprofundamento, da paz e da estabilidade no nosso país. São bens que não têm que estar necessariamente colados apenas à realização de eleições.
     
    Pelo menos este é o compromisso do MPLA. Esperamos bem que seja o compromisso de todos os partidos políticos, particularmente os partidos políticos concorrentes nestas eleições.
    Que o compromisso com a Paz e com a Estabilidade seja não apenas em períodos eleitorais, mas seja permanente. Nós não precisamos de, durante cinco anos, nos esquecermos da importância da Paz e da Estabilidade e em vésperas de eleições virmos apelar à necessidade da Paz e da Estabilidade. Ela deve existir permanentemente com eleições ou fora do período de eleições.
    Os partidos políticos que concorrem para as eleições, pelo simples facto de concorrerem para as eleições, significa que assumem o compromisso da defesa da Paz, da defesa da estabilidade, assumem o compromisso da defesa da Constituição e da Lei, assumem o compromisso de aceitar os resultados eleitorais após anunciados pela entidade competente.
    E qual é a entidade competente?
    ⁃ É a CNE. ⁃ A CNE é a entidade competente para anunciar os resultados provisórios e, depois, confirmar com os resultados definitivos.
     
    Portanto, nós os partidos concorrentes a estas e a todas outras eleições que vierem daqui para frente, só pelo facto de concorrermos estamos a assumir este compromisso: respeitar a Paz e a Estabilidade, respeitar a Constituição e a Lei e, consequentemente, respeitar os resultados eleitorais anunciados pela entidade competente. Quaisquer que sejam estes mesmos resultados. Quer sejam favoráveis a cada partido, quer não. Quaisquer que sejam os resultados, a entidade competente, ao abrigo da Lei, é responsável pelo anúncio que vier a fazer. E todos nós, concorrentes, temos o dever, a obrigação, de aceitar os resultados eleitorais.
     
    Portanto, caros camaradas,
    Eu refiro isso para dizer que nós implantámos em Angola um Estado Democrático e de Direito que tem as suas consequências e tem o seu significado. Significa que tudo se fundamenta na base da Lei e as eleições são convocadas, são realizadas, com base na Lei. Então, temos que respeitar a Lei. Em primeiro lugar, a Constituição, a lei ordinária que trata do assunto eleições, portanto a Lei Eleitoral e, consequentemente, respeitar os resultados que vierem a ser assumidos. Esta é a posição do MPLA. Não há necessidade de inventarmos outros mecanismos para obrigarmos os partidos políticos e os cidadãos a lutarem pela Paz e pela Estabilidade.
     
    O regime democrático e de direito tem mecanismo suficientes, credíveis, para garantir o respeito da paz, o respeito da estabilidade no nosso País durante as eleições, antes das eleições, durante as eleições e após as eleições no nosso País.
    Alguém tem receio do anúncio dos resultados, quando tiverem que acontecer?
  • NINGUÉM!

Ninguém aqui tem receio do anúncio do resultado. Quando os resultados forem anunciados, nós, o MPLA, vamos respeitá-los.
Estamos a convidar todos os partidos concorrentes, para que tenham a mesma postura. Costuma a dizer-se que quem não deve, não teme. Nós não devemos. Por isso, não tememos.
 
Caros camaradas,
Dia 24, então, vamos todos votar no MPLA, no seu candidato e no 8. Neste número que está aqui à minha frente, o número 8, que pode ser virado e continua a ser 8. É este o nosso número, o número 8. Não se enganem! No dia do voto, 24 de Agosto, todos vamos votar no 8. Mas não chega que nós votemos no 8, nós que estamos aqui nesta praça.
É preciso que outros cidadãos, aqueles que não são do MPLA, também votem no 8. Essa deve ser a nossa luta. Não é mobilizar quem já é da nossa equipa. Não estaremos a fazer nada! Não é mobilizar o colega ao lado que é do MPLA, não! A nossa missão é mobilizar quem não é do MPLA. É assim ou não é?
 

  • ÉÉÉ…!
     
    É com estes que nós devemos falar, conversar, convencê-los que o nosso Programa é o melhor, que estamos a fazer muita coisa em prol do Povo, em prol do País, e que vamos estar a fazer mais e melhor. Apelamos a eles que, não sendo do MPLA, devem votar no MPLA, porque os programas que o MPLA executa não são para servir os seus militantes, não é?
     
  • SIM!

Nos hospitais que estamos a construir, à entrada alguém pede cartão de militante do MPLA?

  • NINGUÉM!
     
    Entram todos, até estrangeiros! Não é só para os angolanos. O estrangeiro que vive em Angola tem também acesso a estes hospitais, às escolas, às universidades, às estradas, água, energia. É para beneficiar a todos os cidadãos angolanos. Não é para beneficiar os militantes do MPLA, não! É benefício de todos os angolanos, independentemente de qual é o cartão partidário que ele tem no bolso. Ele pode ser de qualquer partido. As infra-estruturas, os bens, o investimento público, todo o investimento público que o Estado faz, que o Executivo faz, são para servir todos os angolanos.
    Então, também nos sentimos no direito de pedir o voto aos cidadãos angolanos, no geral, a votarem no MPLA, no seu candidato e no número 8.
     
    Mas precisamos de apelar, por um lado, mas, por outro lado, temos a necessidade de ensinar a quem apelamos, que vote correctamente no MPLA. Porque até ele pode ter vontade de votar no MPLA, mas se votar errado, se votar fora da caixinha que está à frente da bandeira do MPLA, aquele voto não vai beneficiar o MPLA. Então, nós temos a obrigação de educar, ensinar, de forma paciente, nestes poucos dias que nos restam, para que haja o menor número possível de desperdício dos votos a favor do MPLA.
     
    Portanto, a tarefa está dada: mobilizar pelo menos 8. Oito cidadãos que não sejam do MPLA, que sejam amigos, colegas da universidade ou colegas do serviço, colegas do bairro, vizinhos do bairro. Então, esta é uma das tarefas. Outra tarefa é educar. Educar a votar, mas também educar a identificar as assembleias de voto.
    As pessoas devem saber, antecipadamente, onde vão votar. E essa é nossa tarefa. Não é só do Presidente do MPLA, nem da Vice-Presidente, nem do Primeiro Secretário da Província, do município. Não é só do funcionário do Partido, não é só do nosso militante, mas de todos aqueles que acreditam no nosso Programa.
     
    A tarefa é igual para todos: mobilizar, para captação do voto, pelo menos 8. Ensinar a votar, e ensinar a identificar a assembleia de voto.
    Caros camaradas de Nadalatando, da Província do Cuanza Norte, eu termino com a certeza de que para este Povo não precisamos pedir muito.
     
    Nós vamos fazer as quintas eleições gerais no nosso país. No decorrer das quatro, Cuanza Norte nunca nos deixou ficar mal. Portanto, não tenho razões de pensar que, desta vez, nos vão deixar ficar mal. Também vamos alcançar os cinco 5-0 mas, se conseguirem, estiquem para 8-0. Se for possível, estiquem para 8-0.
    Isto é uma forma figurada de dizer que temos que trabalhar para alcançar o máximo, o máximo. Não dar espaço aos nossos adversários.
    Eu saio daqui descansado, com a certeza de que Cuanza Norte não nos vai deixar ficar mal. O Cuanza Norte não vai deixar ficar mal o seu candidato, não vai deixar ficar mal o número 8.
     
    Estão a ver o número 8! O número 8 tem dois olhos. Um em cima e um em baixo. O número 8 vê bem demais. O número oito está a observar-nos, a ver se vamos efectivamente votar nele. É isso que o número 8 é: exigente e vigilante. Temos que votar no 8.
    Muito obrigado, Povo do Cuanza Norte.

Revista Destemidos.