03/07/2022 11H20
O historiador Venceslau Casese considerou o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, como uma figura incontestável e com uma visão clara, ampla e futurista sobre a libertação dos povos africanos.
Abordado pela ANGOP sobre o centenário do Fundador da Nação, que se assinala a 17 de Setembro próximo, o historiador lembrou que, desde muito cedo, Neto percebeu a necessidade da Independência do continente, com a célebre frase “Angola é, e sempre será por vontade própria, a trincheira firme da revolução em África”.
Acrescentou que o internacionalismo do primeiro Presidente de Angola consiste, igualmente, quando disse que “no Zimbabwe, na Namíbia e na África do Sul está a continuação da nossa luta”, tornando-se, por mérito próprio, uma figura incontestável para toda a África e o mundo.
Venceslau Casese referiu que António Agostinho Neto foi um líder comprometido com o bem-estar colectivo e patriota convicto que sacrificou a vida pessoal e familiar, em prol da libertação de Angola e do continente.
Considerou ainda o proclamador da Independência Nacional como um mártir, na perspectiva religiosa e, ao mesmo tempo, herói de todos os angolanos no domínio político, que abdicou a juventude e o estatuto de académico culto, para se entregar à causa da libertação do país e de África.
Por isso, Venceslau Casese apelou à nova geração a seguir o exemplo de António Agostinho Neto, através da leitura de obras e dos depoimentos de pessoas que conviveram com o Fundador da Nação, na perspectiva de buscarem inspiração de como transformar Angola para um futuro melhor.
Considerou o primeiro Presidente de Angola como um homem pedagógico e profético, pelo carácter das obras poéticas, a exemplo da Sagrada Esperança.