27/06/2022 09H29

A aposta na formação de engenheiros informáticos nas principais universidades nacionais constitui uma das principais linhas de força da empresa de auditoria e consultoria Deloitte, para fortalecer a capacidade de resposta e resiliência do sistema financeiro angolano, face à ameaças de ataques cibernéticos no contexto das novas tecnologias de informação.

A informação foi avançada pelo presidente do Conselho de Administração da Deloitte Angola, José Barata, à margem da apresentação do 13º Estudo sobre as novas tendências tecnológicas para os próximos dois anos (TrendTech II), que Luanda acolheu há dias, à margem do qual foi rubricado um memorando com  a Universidade Católica de Angola, que prevê a concessão de bolsas de estudo para estudantes do terceiro ao quarto ano do curso de Engenharia.

José Barata disse que os temas da automatização assumem uma preponderância cada vez maior, facto que pressupõe a necessidade de se colocar, em primeiro plano, o factor humano, pois na sua óptica, a tecnologia só pode ser benéfica para a economia, caso existirem pessoas capazes de as dominar.

“Mantemos uma forte aposta em Angola, de modo que o memorando assinado com a Universidade Católica seja mais um passo para a consolidação do compromisso da Deloitte, de fazer de Angola uma fonte de recursos humanos capazes de prestar serviço para os demais países da região”, disse.

Tendências tecnológicas para os próximos dois anos

A automatização em escala, Inteligência Artificial (IA) aplicada à cibersegurança, utilização de múltiplos dispositivos tecnológicos, facilidade na partilha de informação, os softwares cloud e os blockchain são as principais tendências tecnológicas para os próximos dois anos, apresentadas pelo 13ª Estudo da Deloitte (TrendTech II).

A automatização consiste numa tecnologia que as empresas pioneiras estão a implementar para modernizar os seus “backoffices de TI”, adoptando modelos proactivos de “virtualização” e automatização avançada de processos.

A Inteligência Artificial (IA) aplicada à cibersegurança é uma medida de defesa eficaz,  em caso das organizações que se deparam com quebras de segurança, permitindo que as equipas de segurança, além de responderem com maior rapidez aos ciberataques, antecipem esses movimentos para a sua neutralização em tempo útil.

Os múltiplos dispositivos tecnológicos, como a explosão de dispositivos inteligentes e o aumento da automatização de tarefas físicas estão a conduzir a uma multiplicidade de dispositivos, que vai muito além dos computadores ou smartphones, devendo as empresas fazer recurso à indústria 4.0, robôs industriais, drones, dispositivos de monitorização de saúde, entre outros.

Facilidade na partilha de informação é relativa às novas tecnologias que dão origem a produtos e modelos de negócios inovadores, simplificando a mecânica de partilha de dados entre organizações, com salvaguarda da privacidade.

A cloud (nuvem) permite aos fornecedores de serviços, infra-estrutura e software cloud oferecerem cada vez mais soluções verticais específicas para modernizar processos e impulsionar a inovação nas organizações dos clientes.

O Blockchain e as plataformas tecnológicas similares estão a mudar a natureza do mundo empresarial, indo além das fronteiras organizacionais e ajudando muitas empresas a reinventar a forma como criam e gerem activos tangíveis e digitais, com maior segurança e compliance transaccional.

Por: Hélder Jeremias

Revista Destemidos.