09.06.2022 09H38

Jatos de ataque ao solo Su-25BM marcando no céu as cores da bandeira russa – branco, azul e vermelho – durante a parte aérea da Parada da Vitória em Moscou, na Rússia, em 9 de maio de 2021 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2022

A região de Kherson planeja um referendo sobre a adesão à Rússia ainda neste ano, disse à Sputnik Kirill Stremousov, vice-chefe da administração militar-civil do local.

“O referendo está previsto para este ano. A decisão sobre este assunto foi tomada. Mas hoje isso não é uma prioridade. A prioridade é aumentar o desenvolvimento socioeconômico da região, do qual o bem-estar e a qualidade de vida da população dependem. Faremos todo o necessário para garantir que os moradores da região de Kherson não tenham dificuldades para que sua vida seja confortável”, disse Stremousov.

O vice-chefe da administração afirmou ainda que a região já iniciou o trâmite para a adesão à Rússia e que há pessoas solicitando ativamente passaportes russos.

Mais cedo, Vladimir Rogov, membro do conselho principal da administração civil-militar da região de Zaporozhie, também afirmou que um referendo sobre eventual ingresso à Rússia seria realizado neste ano. A autoridade informou que os preparativos já começaram, mas o processo deverá levar alguns meses.

Durante a operação militar especial na Ucrânia, os militares russos assumiram o controle de Kherson e de parte da região de Zaporozhie, no sul da Ucrânia.

Administrações civis-militares foram formadas nas regiões, com canais de TV e estações de rádio russos iniciando transmissões. Assim, aos poucos, os laços comerciais com a Crimeia estão sendo restaurados.

Um soldado das tropas de engenharia do Distrito Militar do Sul mantém guarda no local da restauração do Canal Norte da Crimeia, na região de Kherson, Ucrânia, 25 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2022
Um soldado das tropas de engenharia do Distrito Militar do Sul mantém guarda no local da restauração do Canal Norte da Crimeia, na região de Kherson, Ucrânia, em 25 de abril de 2022. Foto de arquivo

A Rússia iniciou a operação especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.

A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.

Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de usar “métodos terroristas” nos combates, como fazer civis de “escudo humano” e se alojar em construções não militares.

Revista Destemidos.