09.06.2022 09H38
A região de Kherson planeja um referendo sobre a adesão à Rússia ainda neste ano, disse à Sputnik Kirill Stremousov, vice-chefe da administração militar-civil do local.
“O referendo está previsto para este ano. A decisão sobre este assunto foi tomada. Mas hoje isso não é uma prioridade. A prioridade é aumentar o desenvolvimento socioeconômico da região, do qual o bem-estar e a qualidade de vida da população dependem. Faremos todo o necessário para garantir que os moradores da região de Kherson não tenham dificuldades para que sua vida seja confortável”, disse Stremousov.
O vice-chefe da administração afirmou ainda que a região já iniciou o trâmite para a adesão à Rússia e que há pessoas solicitando ativamente passaportes russos.
Mais cedo, Vladimir Rogov, membro do conselho principal da administração civil-militar da região de Zaporozhie, também afirmou que um referendo sobre eventual ingresso à Rússia seria realizado neste ano. A autoridade informou que os preparativos já começaram, mas o processo deverá levar alguns meses.
Durante a operação militar especial na Ucrânia, os militares russos assumiram o controle de Kherson e de parte da região de Zaporozhie, no sul da Ucrânia.
Administrações civis-militares foram formadas nas regiões, com canais de TV e estações de rádio russos iniciando transmissões. Assim, aos poucos, os laços comerciais com a Crimeia estão sendo restaurados.
A Rússia iniciou a operação especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de usar “métodos terroristas” nos combates, como fazer civis de “escudo humano” e se alojar em construções não militares.
Revista Destemidos.