O ataque ocorreu na aldeia de Mudo, no Estado de Borno, perto da fronteira com o Tchad, e foi realizado por elementos do Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), segundo as fontes.

As 30 vítimas eram “trabalhadores de sucata que estavam na área à procura de veículos queimados, que são numerosos nas aldeias do Norte de Borno devido aos ataques terroristas”, salientou Babakura Kolo, responsável de uma milícia na região de Maiduguri.

Segundo um outro líder da milícia, Umar Ari, o Iswap acusou os sucateiros de informarem o Exército sobre as suas posições na região.

“Os trinta homens tiveram a infelicidade de estar na área quando os terroristas lamentavam a morte dos seus dois comandantes  numa operação militar”, referiu Umar Ari.

Nas últimas semanas, os militares nigerianos realizaram ataques aéreos e terrestres bem-sucedidos contra o Iswap e combatentes rivais do Boko Haram, matando vários jihadistas.

 O Iswap separou-se do Boko Haram em 2016 e gradualmente tornou-se o grupo jihadista  mais poderoso da região. Ambos os grupos têm aumentado os ataques contra civis, incluindo madeireiros, agricultores e pastores, acusando-os de espionagem.

 A violência  jihadista  já matou mais de 40.000 pessoas e forçou cerca de 2,2 milhões a deixarem as casas no Nordeste da Nigéria desde 2009, segundo a ONU. A maioria dos deslocados vive em campos e depende da ajuda alimentar fornecida por organizações humanitárias.

 Muitos deslocados são obrigados a derrubar árvores nesta região árida para obter lenha e a recolher sucata, que vendem para comprar alimentos.

Revista Destemidos.