A presidente do Grupo dos Embaixadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Itália reactivou, nesta terça feira, os encontros de concertação desta organização depois de uma suspensão devido à pandemia da Covid-19.

A embaixadora de Angola na Itália e representante permanente junto das Agências das Nações Unidas em Roma (FAO, FIDA e PAM), Fátima Jardim, coordena os embaixadores da CPLP desde que o país assumiu a presidência rotativa da Organização, em Junho de 2021.

No encontro de hoje, segundo a diplomata angolana, “foram prestadas trocas de informações preciosas pelos embaixadores da CPLP em Roma” e apresentadas propostas que serão enriquecidas com contribuições dos participantes.

De acordo com Fátima Jardim, nesta reunião foi, também, analisada a participação da Comunidade na Conferência Mundial dos Oceanos, a realizar-se em Lisboa, de 27 de Junho a 1 de Julho de 2022, organizada pelas Nações Unidas, com o apoio dos Governos de Portugal e do Quénia.

“Falamos também das agendas nacionais, regionais e locais, mas também fizemos uma abordagem da agenda de desenvolvimento sustentável até 2030”, disse.

Fez-se, igualmente, uma abordagem dos documentos de “Estratégias da Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP” e da “Declaração de Emergência Climática”, pois todos são afectados no crescimento com o que representa a impressibilidade e a vulnerabilidade climática”.

A diplomata aproveitou a ocasião para convidar os presentes a participarem no Fórum da Câmara de Comércio Itália-Angola, que terá lugar em Milão a 26 de Junho. Por fim, a embaixadora saudou o Dia da Língua Portuguesa e todos os dias nacionais “dos povos que lutam pelo progresso, bem-estar e a consolidação da paz na CPLP”.No encontro participaram os embaixadores de Portugal, Pedro Nuno de Abreu e Melo Bartolo, que saudou esta primeira abordagem pós-Covid que vem dar seguimento ao trabalho de concertação a nível da comunidade,  da Guiné Equatorial, Cecília Obono Ndong, e diplomatas de Moçambique e do Brasil, cujo ministro conselheiro Marco Furlan destacou a pertinência deste Espaço que liga os países falantes do português e pode contribuir para o reforço das relações multilaterais, além de observadores da CPLP, como o Senegal, a Espanha e a Grécia. 

Revista Destemidos.