Duzentos mil operadores do mercado informal foram registados em sete meses, com 150 mil a passarem para a formalidade, graças ao Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), que conta com uma componente complementar de microcrédito que está a atrair o público alvo.
Isso foi dito, quinta-feira(12), em Luanda, pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, numa reunião com a Delegação da União Europeia em Angola em que realçou que a meta prevista de registo, até Junho do corrente ano, é formalizar 200 mil, limite já alcançado pelas brigadas em operação.
“As brigadas afectas ao processo registam, por dia, dois mil operadores económicos”, frisou o ministro, reconhecendo que o resultado está aquém das estatísticas, que apontam para oito milhões de pessoas a trabalharem no sector informal.
O processo foi lançado em 14 províncias, com Benguela, Cuanza-Sul, Cuando Cubango e Cabinda a ser envolvidas até finais deste mês de Maio, pelo que o ministro propôs que a meta de registo de 200 para 500 mil por ano, tendo em conta ao número global de agentes a registar.
O microcrédito associado ao PREI beneficiou, até ao presente, 2.700 operadores informais, num valor global de 700 milhões de kwanzas. Na primeira fase do programa, a componente de microcrédito está avaliada em dois mil milhões de kwanzas, segundo o titular da pasta da Economia, que sublinhou estarem disponíveis 1,3 mil milhões de kwanzas.
Segunda fase
A União Europeia pretende financiar a segunda fase do Programa de Reconversão da Economia Informal, em cerca de 55 milhões de euros, um montante mais substancial do que o da primeira fase, que foi de 20 milhões de euros.
Em declarações à imprensa, à margem da reunião de trabalho com a Comissão Multissectorial do PREI, a chefe-adjunta da Cooperação da Delegação da União Europeia, Isabel Emerson, destacou que, na segunda fase, o financiamento terá como principal foco o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Revista Destemidos.