Angola espera um aumento substancial do volume de receitas provenientes da produção de ouro, este ano, depois de ter obtido um acumulado de 3 674 onças (uma onça equivale a 0,028349 quilos) de 2018 a 2021, correspondentes a uma média anual de 918,5 onças finas.

Mina de ouro no Chipindo, uma das principais explorações do país 

Os dados, divulgados pela directora do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatísticas (GEPE) do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Maria José Isaías, apontam os projectos de Chipindo, Samboto, Chicuamone, Chupumbula  e Mpopo (Huila), Mineração de Buco Zau, (Cabinda) e o Projecto de Mineração Mapele (Huambo) como as principais zonas de prospecção e produção.

De acordo com as estatísticas, os resultados em 2018 foram nulos, quando havia previsão de obter 4 719 onças de ouro. Em 2019 foram extraídas 750 onças, face às 8 980 previstas, com 8, 35 por cento de execução do programa.

Em 2020, o resultado subiu para  1 887 onças, apesar da perspectiva de se atingirem 5 441 onças, com 34, 70 por cento de execução, enquanto em 2021 foram extraídas  1 137 onças, das 7 500 projectadas, representando  uma execução de 13, 82 por cento do programa.

Entre os factores críticos, destaque para o impacto da pandemia da Covid-19 e a queda de produção no Projecto de Chipindo, motivada por problemas técnicos  que forçaram a paralisação durante alguns meses, assim como a paralisação forçada da Gandavira Samboto,  devido a perturbações relacionados com Garimpo.

 Rochas Ornamentais

As dificuldades de transportação dos minérios devido às más condições nas vias de acesso, falta de equipamentos e elevados custos operacionais inerentes à produção de energia eléctrica e ar comprimido são os principais entraves para a produção de rochas ornamentais, com uma produção total de  253, 55 mil metros cúbicos nos últimos quatro anos, uma média de 63,39 mil metros cúbicos por ano.  

Em 2018, de acordo com dados de MIREMPET, foram produzidos 50 900 metros cúbicos de rochas ornamentais, tendo decrescido para 44 830 metros cúbicos em 2019. A produção voltou a ascender em 2020, com 71 690 metros cúbicos, contando-se 86 124 metros cúbicos em 2021.         

Revista Destemidos.