O embaixador dos Estados Unidos, Tulinabo Mushingi, reiterou, esta terça-feira (29), em Luanda, o compromisso do seu país continuar a apoiar o desenvolvimento do capital humano e a diversificação económica em Angola, através de parcerias fiáveis, bem como a partilha de conhecimentos e de recursos.

Participantes da acção formativa estão melhor preparadas para gerir negócios através de plataformas digitais

Tulinabo Mushingi, que falava na cerimónia de graduação de 16 jovens angolanas, que participaram, durante seis meses, numa acção formativa sobre Empoderamento, Liderança e Acesso (ELA), acrescentou que foram capacitadas 20 micro-empresárias.

O programa ELA, referiu, é uma iniciativa da Embaixada dos EUA, implementada pela empresa Kianda Hub, que permite a inclusão de grupos marginalizados.

Segundo o embaixador dos EUA, a mulher angolana tem uma visão positiva e com vontade de encontrar soluções. “Esperamos que essa vontade traga resultados positivos para os dois países”.

Deu a conhecer que Angola e os EUA têm parcerias viáveis, que apoiam o desenvolvimento da juventude, para promover empresários e empreendedores.

Aconselhou às participantes da acção formativa no sentido de nunca pedirem permissão a alguém para liderar. “Continuem a praticar os conhecimentos que adquiriram e acima de tudo partilhem com o maior número de pessoas possíveis”.

O embaixador considera que, para se alcançar uma sociedade justa, todos devem estar alinhados, sejam homens, Governos e a sociedade civil, pois são parceiros importantes para criar as mudanças necessárias, de modo a assegurar a inclusão feminina e de outros grupos marginalizados, para promover os seus direitos.

O programa enquadra-se nas actividades da Embaixada dos EUA, que visam a promoção do empreendedorismo, como ferramenta de desenvolvimento socioeconómico e do capital humano, inclusão de grupos marginalizados, bem como ampliar as relações comerciais entre os povos dos Estados Unidos e de Angola.

Critérios 

O director de programas do Kianda Hab, Carlos Jaime, disse que as mulheres entraram para o programa sem nenhum logótipo e páginas nas redes sociais e conseguiram criar o seu negócio de forma mais moderna e transformar os sonhos em realidade.

Acrescentou que a formação dotou-as de ferramentas para o desenvolvimento e crescimento dos seus negócios, possibilitando a criação de uma rede de apoio e um clube do livro, que facilita o acesso ao ecossistema empreendedor.

Carlos Jaime explicou que a Kanda Hab visa, também, conectar a comunidade de empreendedorismo digital em Angola, bem como ajudar empreendedores que estejam a começar a sua actividade.

Realçou que os métodos de ensino foram feitos através de duas modalidades, (colaborativa e monitoria), dividido em várias sessões, concretamente finanças, contabilidade, designer, entre outras.

Os critérios de selecção para participar no programa começa pela idade, sendo dos 18 aos 35 anos, além da formação exigida, do ensino médio ao superior.

“Esta selecção é feita a mulheres que tenham poucas oportunidades, com negócios mais simples, de modo a ajudá-las a se reinventar no século XXI”, disse.

Depois das jovens terminarem os cursos, acrescentou, podem gerir os seus negócios, através de uma plataforma.

Nesta primeira edição, concorreram cerca de 1.000 candidatas, tendo sido selecionadas 20, que recebiam subsídios para transporte, alimentação e custos de comunicação. O curso era feito quatro vezes por semana e duas horas por dia.

Revista Destemidos.

G.G.M.Â