Presidente da Ucrânia pede apoio à NATO e diz que o mundo está à espera de “ação real”.

NATO "ainda tem de mostrar o que Aliança pode fazer para salvar pessoas"

Opresidente da Ucrânia falou, esta quinta-feira, na cimeira extraordinária de líderes da NATO, que decorre em Bruxelas. Volodymyr Zelensky defendeu que a NATO “ainda tem de mostrar o que a Aliança pode fazer para salvar pessoas” e pediu mais apoio militar

No dia em que se assinala um mês desde o início da invasão russa à Ucrânia, Zelensky começou por dizer que este foi um “terrível mês de destruição”, mas também um mês de “defesa heroica”.

O chefe de estado ucraniano confessou que “sente” que o país está preso numa “zona cinzenta” entre o Ocidente e a Rússia, uma vez que não faz parte da NATO, mas defende os “valores comuns” da Aliança.

Zelensky considerou que a NATO “ainda tem de provar o que pode fazer para salvar pessoas” e “mostrar que é, verdadeiramente, a associação de defesa mais poderosa do mundo”.

“O mundo está à espera e a Ucrânia está muito à espera de ação real”, afirmou.

O presidente ucraniano lamentou que o país ainda não tenha recebido os meios militares que necessita e lembrou que tem pedido apoio aéreo desde o início da invasão, uma fragilidade da Ucrânia. 

“Estamos em condições desiguais há mais de um mês”, disse, pedindo apoio militar sem “restrições” para salvar o seu povo e as cidades ucranianas.

Zelensky referiu que, até então, a Ucrânia “não recebeu um único avião” ou tanque por parte da NATO, mas sublinhou que a Aliança ainda pode ajudar, declarando que esta é “uma questão de vida ou morte”.

O chefe de Estado da Ucrânia ressalvou, contudo, que a culpa da guerra não é da NATO e apelou a que o Ocidente forneça armamento.

Na mesma intervenção, Zelensky acusou a Rússia de ter usado bombas de fósforo sobre civis, mas não forneceu qualquer prova.

“Há crianças a morrer, pessoas a morrer”, lamentou.

Revista Destemidos