O Bureau Político do Comité Central do MPLA manifestou, esta terça-feira, “profunda resignação”, pelo falecimento do General Paulo Pfluger Barreto Lara, ocorrido hoje, na Cidade do Porto, Portugal, por doença, aos 65 anos de idade.

Num comunicado, o Bureau Político do MPLA, refere que envolvido de corpo e alma na causa do nacionalismo angolano por via da indissociável caminhada com o seu pai, o malogrado nacionalista Lúcio Lara, o General Paulo Lara possui uma irrepreensível folha de serviços prestados à Nação Angolana, destacando-se nos órgãos castrenses onde iniciou carreira em 1972, na província de Cabinda, como guerrilheiro do MPLA, tendo cumprido as missões e funções com exemplar sentido de disciplina e organização.

“Antigo pioneiro do MPLA e membro fundador da Associação Tchiweka de Documentação, o destemido e respeitado General PAULO LARA destacou-se, igualmente, pela investigação que realizou sobre o período da Luta Armada de Libertação Nacional e como mentor e director do Projecto “Trilhos da Independência”, que visou recolher e preservar documentos relevantes da memória do período da história de Angola e da luta de todos os povos sob ocupação colonial”, lê-se no documento.

Com formação superior em Ciências Militares e Relações Internacionais, na condição de reformado das Forças Armadas Angolanas, o General PAULO LARA dedicou-se à Docência, tendo integrado o Centro Avançado de Estudos Africanos da Universidade Agostinho Neto.

O Bureau Político do Comité Central do MPLA considera, também, que a morte do General Paulo Lara representa a perda de um dos mais brilhantes filhos de Angola, que por ela dedicou os melhores anos da sua vida, bem como o desaparecimento de um ilustre intelectual preocupado com a preservação da memória colectiva do povo angolano.

“Neste momento de dor e de elevada consternação, o Bureau Político do Comité Central, em nome dos militantes, amigos e simpatizantes do MPLA, curva-se perante à memória do camarada Paulo Lara, e endereça à família enlutada, sentidas condolências”, conclui o comunicado enviado hoje ao Jornal de Angola.

Revista Destemidos

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